O SEBRAE apresenta apresenta relatórios anuais de Monitoramente da Sobrevivência e Mortalidade de Empresas. A boa notícia é que nos últimos 2 anos, as taxas de mortalidade caíram em todos os perfis de comparação: no primeiro ano, de 35% para 27%; no segundo, de 46% para 38%; no terceiro ano de atividade, de 56% para 46%; no quarto ano, de 63% para 50% e no 5º ano de atividade, de 71% para 62%. Apenas da boa notícia, o índice de mortalidade de empresas ainda é bastante elevado. Esta realidade mostra que muitas operam no vermelho, com bastante dificuldade para sair da situação.
Uma das explicações pode ser a falta de preparo daqueles que estão à frente do negócio. A paixão e determinação com que muitos empreendedores se lançam a um objetivo nem sempre é acompanhada por conhecimento em gestão e, principalmente, planejamento financeiro. O resultado disso é ver as contas sempre no vermelho.
Tirar a empresa do prejuízo não é missão fácil para os empreendedores. É preciso muita disciplina, planejamento e, claro, redução de custos. Se a sua empresa também está passando por esta situação complicada, preparamos um guia para te ajudar a voltar para o azul. Confira as nossas seis dicas para fazer deste o ano da virada para o seu negócio.
1 – IDENTIFIQUE AS CAUSAS DO PROBLEMA
O primeiro passo para se começar a colocar a empresa nos eixos é identificar o motivo que a levou a sair dos trilhos e entrar no descontrole financeiro. Um bom diagnóstico do que está errado é fundamental para que sejam tomadas as ações corretas para sanar os problemas. Faça uma avaliação profunda das finanças da organização, mapeando criteriosamente tudo que entra, tudo que sai e quanto sobra no final (ou quanto fica negativo).
Com base nessa análise, você precisa estabelecer um replanejamento financeiro, tapando todos os furos identificados e corrigindo os ralos por onde o dinheiro está vazando desnecessariamente. É aí que entra a próxima etapa.
2 – REALIZE UM CORTE GASTOS
Após conhecer exatamente para onde vai cada centavo da empresa, você precisa definir prioridades e cortar o que não for realmente essencial para os resultados do negócio. Pequenos itens do dia a dia, como copos descartáveis, papel e materiais de escritório precisam ser reduzidos. Assim como contas de telefone, água e energia. Onde puder haver redução e uso mais eficiente dos recursos, isso precisa acontecer. Muitas vezes, também é hora de cortar funcionários que não se empenham e ter um prestador de serviço terceirizado para a a mesma função, que geralmente é mais barato.
Alinhe muito bem esta nova postura com a sua equipe. Todo mundo precisa se conscientizar e passar a contribuir para enxugar as contas da organização.
3 – INTEGRE OS SETORES DA SUA EMPRESA
O sucesso de uma organização depende da forma coordenada em que seus setores trabalham. Em momentos de crise, essa integração precisa ser ainda mais forte, principalmente entre o financeiro e a direção da empresa. Todos precisam ter um entendimento completo das contas, fluxo de caixa, perspectivas de gastos e arrecadações.
Os números precisam de acompanhamento constante. Para isso você precisa de um Sistema de Gestão confiável, que lhe retorne informações precisas sobre seu estoque, inadimplência, Fluxo de Caixa e Plano de Contas. Baseado nos dados fornecidos pelo Sistema, marque reuniões periódicas para analisar e rever os dados e metas de mudança. Se você é o único responsável por todo o controle financeiro (como é comum em micro e pequenas empresas), então deve ter ainda mais atenção com o orçamento.
Pense também se não é o caso de contratar um especialista para a função. Além de ter alguém com o olhar mais apurado para os números, você ficará menos sobrecarregado com o trabalho, podendo dedicar mais atenção aos outros processos da gestão. Também é possível, na verdade essencial, ter um software de controle financeiro pois ele é uma ferramenta útil na atualização, análise e armazenamento dos dados sobre o dinheiro da empresa.
4 – CONTRATE UM CONSULTOR
Muitas vezes o olhar do gestor está tão viciado com a rotina da empresa que ele não consegue identificar o que está errado ou então não tem conhecimento suficiente para encontrar soluções para os problemas. Nestes casos, a ajuda de um consultor financeiro externo é essencial. Estes profissionais, por não estarem ligados à rotina da empresa, terão uma visão muito mais crítica da situação.
Apesar da contratação de um consultor representar mais um custo em sua folha de pagamentos, esse gasto deve ser visto como um investimento. Muitas empresas que estavam no vermelho só conseguiram sobreviver graças à ajuda de consultorias externas, que traçaram um diagnóstico exato e coordenaram um plano de ação eficiente.
Lembre-se, porém, que o consultor precisará de informações e dados precisos da sua empresa, pois isso é tão importante um Sistema de Gestão que lhe forneça dados precisos e relatórios gerenciais.
5 – RENEGOCIE AS DÍVIDAS
Se a situação está tão complicada que não é mais possível nem mesmo arcar com as dívidas contraídas, o primeiro passo então é buscar uma renegociação. Negocie com os credores uma condição que lhe possibilite estender os prazos e saldar a dívida da forma que ela caiba no orçamento da empresa.
Tenha muito cuidado na hora de recorrer a formas de crédito disponíveis no mercado. Algumas, como o cheque especial, possuem juros altíssimos e podem criar um efeito bola de neve que vai piorar ainda mais a situação. Tenha cautela e analise muito as condições antes de pegar empréstimos. Lembre-se que a finalidade é salvar o seu negócio e não endividá-lo ainda mais.
6 – FAÇA UM PLANEJAMENTO PARA GARANTIR O FUTURO
Ver a sua empresa passar por um período de contas no vermelho não é fácil, mas como gestor você precisa assumir a responsabilidade e comandar sua equipe de volta à estabilidade. E depois de passar pela turbulência, tome todas as medidas para garantir que esta situação nunca mais aconteça. Planejamento estratégico e financeiro vão garantir o futuro da sua organização seja mais tranquilo e renda bons frutos.